Luiz Padalino
4 min
As pessoas sempre tem dúvidas em relação a segurança da utilização da terapia de reposição de hormônios sexuais femininos principalmente pós-menopausa.
Você sabe a diferença entre eles? Sabia que apesar de nomes parecidos possuem efeitos muitas vezes diametralmente opostos?
Aviso: Conteúdo baseado em artigo científico, não é nenhuma recomendação de uso, sempre procure um profissional da área para lhe orientar a respeito.
Neste artigo, o autor fez uma revisão de diversas outras evidências científicas colocando frente a frente a reposição hormonal bioidêntica em comparação com a sintética, e seus possíveis riscos em relação a câncer de mama e doenças cardiovasculares.
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Você sabe a diferença entre eles? Sabia que apesar de nomes parecidos possuem efeitos muitas vezes diametralmente opostos?
Não são produzidas pela natureza, possuem uma configuração química que pode gerar rejeição e colaterais pelo organismo, encontramos por exemplo:
Estrogênios conjugados equinos
Acetato de medroxiprogesterona (MPA)
Outros progestágenos e estrógenos sinteticos
Observação :Os progestágenos sintéticos não aumentam a progesterona em exames de sangue, já observei diversas vezes, configurando de fato um hormônio completamente diferente.
São cópias exatas dos hormônios endógenos ,isso é, aqueles produzidos pelo próprio organismo, entre os principais Tipos para a reposição hormonal feminina encontramos:
Estriol
Estradiol
Progesterona
Os resultados foram os seguinte:
TRIPLICA o risco do desenvolvimento de câncer de mama quando associado a o estradiol sintético, pode ocorrer devido a:
DIMINUIÇÃO DE:
Apoptose (morte das células), aumentando assim a mitose (divisão celular) favorecendo a proliferação de células mamárias cancerígenas induzidas por estrogênio.
AUMENTO DE:
Up-regulation da ciclina D1
Conversão dos estrógenos endógenos fracos nos mais potentes, aumentando do metabólito estrogênico genotóxico 16 hidroxi estrona.
Expressão dos genes intramamários proliferativos como o ki67 e ciclina B1
Alteração do equilíbrio entre os receptores de progesterona do tipo A e B
É associado com diminuição do risco de câncer de mama
Baixa progesterona endógena pode aumentar por exemplo o risco do desenvolvimento câncer mamário em até 5.4 x no período pré-menopausa.
Ocorrem 10x mais mortes em mulheres com baixa progesterona.
Sua ação anti-cancerígena ocorre devido à:
DIMINUIÇÃO DE:
Estímulo das células epiteliais mamárias, induzidas por estrogênio
Atividade dos receptores estrogênicos do tipo 1 na mama
Atividade mitótica das células mamárias, diminuindo sua proliferação em até 400%
Ciclina D1
Progressão da célula cancerígena na fase G1
AUMENTO DE:
Apoptose de células de câncer mamário
Ação antiestrogênica significativa no tecido mamário
Conversão intracelular de estrógenos potentes para suas versões mais fracas
Sem falar é claro que diversos outros EFEITOS SISTÊMICOS positivos podem ser encontrados com a utilização da
PROGESTERONA bioidêntica, por exemplo:
Em relação ao progestágeno, capaz de melhorar satisfação e qualidade de vida , otimizando parâmetros os quais:
Ansiedade < 50%
Depressão < 60%
Sono <30%
Déficits cognitivos <40%
Funcionamento sexual > 30%
Boa parte destes benefícios através dos efeitos neuroprotetores, e, neuromodulatórios da progesterona.
Melhora também:
Menstruação
Sintomas vasomotores
Etc...
Inibe a aldosterona - bom para o controle da hipertensão, Sem alterar a pressão em mulheres normotensas.
Liga-se seletivamente aos receptores Alfa estrogênicos (promove o câncer), dimuindo a atividade da fração Beta (Inibe câncer), induzindo assim a instalação do problema.
Estrógenos derivados de equino também contém o metabólito 4-hidroxi -equilenina, potente carcinogenico induzindo dando ao DNA.
Geralmente existem 3 frações as quais:
Estradiol -ativa alfa e beta receptores (Neutro quanto ao câncer), usa-se na terapia de reposição hormonal.
Estrona -seletivamente ativa o receptor Alfa na proporção de 5:1 para o Beta (Ruim= Aumenta câncer), não se usa na terapia de reposição hormonal.
Estriol-seletivamente liga-se ao Beta na proporção de 3:1 em relação ao Alfa (Bom= Previne câncer de mama), dessa forma inibindo a hiperativação dos receptores Alfa induzidas pelo estradiol.
Usa-se na terapia de reposição hormonal.
Durante a gravidez: Aumenta-se em até 1000x o Estriol e, 15x progesterona , protegendo contra o câncer de mama.
É importante salientar que o uso do estradiol isoladamente oferece um mínimo risco do desenvolvimento de câncer mamário, no entanto, esse risco pode ser:
significativamente aumentado: Quando associado à progestágenos sintéticos.
Significativamente diminuído: Quando associado com progesterona bioidêntica, ia qual inibe completamente o efeito proliferativo do estradiol.
Aumenta-se o risco de doenças cardiovasculares, através de:
AUMENTO DE:
Resistência insulínica
Receptores de glicocorticoides- gerando colaterais indesejados
DIMINUIÇÃO DE:
Efeitos cardioprotetores do estrogênio.
HDL
Associação entre progestágeno e estrógeno sintético geram:
Aumento significativo no risco de ataque cardíaco e AVC.
Vasoconstrição- aumentando o risco na doença cardíaca isquêmica , predispondo a vasoespasmos da coronária.
Protege o coração através de:
AUMENTO DE:
Efeitos estrogênicos benéficos como a cardioproteção, gerando aumento do HDL ( Esse aumento inclusive ocorre com estrogênio sintético), benefício perdido quando utilizado o progestágeno sintético.
Tempo para ocorrer isquemia do miocárdio durante o exercício- efeito benéfico notado em pacientes pós-menopausa com doenças da artéria coronária na utilização de Progesterona + estrogênio bioidênticos.
Até 50% no risco de desenvolvimento de placas ateroscleróticas, efeito obtido mesmo com a associação entre progesterona bioidêntica + estrógeno sintético, seguindo uma dieta aterogênica (ruim) por mais de 30 meses.
Alguns estudos indicam que, a utilização progesterona sozinha ou combinada com estrógenos pode até inibir a formação de placas ateroscleróticas.
VCAM1 (moléculas de adesão celular)- É um dos primeiros eventos que ocorrem no processo aterogênico, Progesterona bioidêntica oferece efeito protetor nesse sentido, o mesmo não ocorre com a versão sintética.
Espasmo arterial coronário- O qual poderia aumentar o risco de ataques cardíacos e AVC, benefício obtido mesmo utilizando-se a progesterona isoladamente ou em combinação com o estradiol.
Seu uso com ou sem progestágeno sintético aumenta o risco de tromboembolismo venoso, seja na forma oral ou transdérmica.
A versão Transdérmica no geral tem um efeito benéfico para o coração.
Observações:
De acordo com o FDA e sociedade de endocrinologia, não há evidência afirmando eficácia e segurança maior dos hormônios bioidênticos em relação ao sintéticos.
Embora ainda faltem mais estudos randomizados para segurar a eficácia dos hormônios bioidênticos, existem fortes e positivas evidências mostrada em estudos observacionais de larga escala, ou até mesmo alguns randomizados sejam em humanos, primatas ou IN-VITRO.
Para quem quiser se aprofundar veja o artigo científico:
Holtorf K. The bioidentical hormone debate: are bioidentical hormones (estradiol, estriol, and progesterone) safer or more efficacious than commonly used synthetic versions in hormone replacement therapy?. Postgrad Med. 2009;121(1):73-85.
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